Na cápsula do tempo
Onde sobrevivo
Arquivado, sem luta
Parado, sem lamento
Comigo convivo
Sem maestro, nem batuta!
Na cápsula do Tempo
Espreito pela janela
A vida rolar dia a dia
Longe estou, vou vivendo
Do mundo gasto em querelas
Mesmo tempo eu percorria
Na cápsula do tempo
Sobrevivo só com a saudade
Dos amigos que vão partindo
Da vigia espreito – Estou vendo
O mundo afastar-se: A realidade
Conformismo profundo e infindo
Na cápsula do tempo
Que da terra mais se afasta
Me deixa melhor enxergar
O mundo lá longe correndo
Tempo fútil que se gasta
Contendas inúteis sem parar
Na cápsula do tempo
Então, confesso, prefiro estar
Sobrevivendo sem companhia
Meus sonhos vou percorrendo
De amores, sem poder amar
Vãs Esperanças de algum Dia!