Alegria não repousa mais aqui,desapareceu
Entre labirintos formados com o passar dos anos
E num plano bem hostil foi envenenando o que conheceu
Alma foi procurando reconquistá-la, mas refletiu-se em danos
De concreto é o labirinto,nem uma flor por entre suas pedras
Que não são mudas, falam entre si testemunhando o fracasso crescente
E num passo bem dorido observam toda a tristeza de trevas
Mudanças de luas, e um porvir nada benevolente
Queixumes que lhes tiram a vivacidade, o equilíbrio
E assuntos podem variar,resultando nas prisões
Carcereiros estão a espreitar, não querer libertar o brio
Dos que lutam para verem-se soltos e encontrar soluções
O verbo querer é estada quase inalcançável nesse sofrer, uma verdade
Repetida no inconsciente, trazida para o incrédulo consciente
E praticamente nada há de fazer, talvez, a necessidade
De reconhecer a imensa cratera aberta em peito onisciente
E nesse sopro quase desfalecido, tentar sair do labirinto
Restaurar a alegria, domar o queixume, fazer o verbo querer acontecer
Ainda que na estada só exista uma única pessoa a sorver
O amor em si,poderoso caminho e único saudável recinto!
Patrícia Pinna