Quando conseguirá livrar-se da opressão
Que vem em forma do sagrado, o que dá amor
Mas em seu torpor insano cobra em dissabor?
Quando conseguirá arrebentar as correntes
Emocionais que o prendem ferindo a alma?
Quando poderá respirar um ar puro
Sem mudar a geografia como fuga?
Alma em desespero, oprimida num tom ligeiro
Dividido fica em partes tão desiguais não conseguindo
Juntar os pedaços e dar uma forma diferente ao viver
Tentou, conseguiu e retrocedeu, triste alma
Vivente em mundo de ilusão, tão frio
Onde o chão não é de concreto e sim lágrimas
E o calor que vem delas o aquece um pouco
Mas são nelas mesmo que afundam o olhar
E o pensamento voa e não consegue lutar
Alma tão oprimida, dorida, destinada a ser infeliz
Crendo que seus dias serão iguais, que não tem direito
De vivenciar a felicidade, o amor tão intenso oferecido
Mudando com a pouca força que tem o curso dessa diretriz
Seja feliz, assim foi escolhido pelo Universo
Para seus olhos brilharem, a sua fala suave
Ter vez, a sua luz irradiar os corações
A sua mensagem ser passada com graça
Sendo amado e amar como os pássaros
Sempre livres, voando pelo mais lindo
E infinito céu, seja ele de que cor estiver!
Patrícia Pinna