Não apetece-me falar da classe dominante
Engolindo sem pudor o honesto trabalhador
Que em seu labor diário, entre lágrimas e suor
Pensa em sua sorte mudar, esperando surgir alguém
Com a consciência decente, a fim de governar
Sem deixar-se manipular
Eu choro, tu choras, ele chora, nós choramos, todos choram
Ao ver essa calamidade vergonhosa de trem desgovernado
Chamada política sem responsabilidade
Onde foi parar a decência, em qual estação refugiou-se
O bem comum, em que leito prostrado está a esperança?
Imunda escória vomitando falácias, engravidando ingênuos
Parindo aberrações!
Que sorte é essa da nação inteira
Clamando por justiça num labirinto de dor
Onde a força parece esvair-se?
Renovo como energia e conscientização é do que o povo precisa
Para unir-se a lutar como animais ferozes lutam
Pela sobrevivência de suas crias
Voz sem ação morre sem atingir o objetivo
Tornar a Pátria coesa e liberta
De seus muitos grilhões!
Patrícia Pinna