Descobrira num dia lindo dentro de si
E em noite reluzente festejando e sem deixá-la dormir
O aconchegante, forasteiro e dominante amor
Pensara tratar-se de uma ilusão, uma miragem
Das que esperam-se, puro devaneio
Viu que era real e entregou-se totalmente apaixonada
Percebera uma paz, uma grandiosidade em si
Tal qual a lua cheia que a tudo ilumina
Sufocou a razão até matá-la, a encarou seriamente
Antes de ouvir seu último suspiro
Esquecera talvez, não ser possuidora de tal direito
Mas com efeito, ignorou e viveu
A sua própria condenação e libertação solitária.
Patrícia Pinna