Naquela ponta de terra, mar adentro
Olho o infinito:
A nossa vida - A saudade, tanto tempo!
Sai num grito.
De longe, as musas trazidas pelo vento,
Fazem-me proscrito,
Prisioneiro de mim, do meu pensamento.
Estático fico.
Diáfano manto - de ti me lembro
Teu sorrir rico
A iluminar de branco o que contemplo
E que acredito,
Embora intangível será o meu templo
Onde sempre medito:
Aí, estendes as mãos, em breve momento.
De saudade sou mendigo.
Esperando em vão, teu regresso, num lamento
Hélder Gonçalves
Fev. 2012