Sentada olhando a Natureza formosa
Passeando pelo meus olhos quase cerrados
Por uma embriaguez de quem tem de seguir a vida
Entre a felicidade efêmera e a tristeza oculta
Dias de aprendizado com a mansidão do silêncio
Entre as folhas escondidas verdes e grandiosas
Guardando os meus segredos e expectativas mais gloriosas
Onde a cascata imaginária transforma-se em amor
Nas pequenas esferas de um corpo que não vaga mais
Sentindo a presença marcante de um aroma deslumbrante
Nas faces rosadas e cálidas receptoras do desejo
Então, não indago mais, tampouco questiono o destino
Que em seu próprio desatino oferece banquetes plurais
Farto-me da essência que cada um deles proporciona
Desnuda em olhos de amor, um pouco de dor
Como sobremesa vislumbrando o Universo ao meu redor
Senhor de inestimável graciosidade e dono de verdade
Nem um pouco absoluta!
Patrícia Pinna