Amar é o sorriso na tristeza
Quando nos dispomos a recomeçar
A fé no que não vemos, a candura no olhar
No calor, no frio, no sol, na chuva
Nas tempestades devastadoras
Amar é o despir-se da arrogância
Do querer fazer mal por despeito
Mais tarde chorando em seu próprio leito
Vivenciando harmonia às avessas
Amar é a elevação do espírito
Galgando degraus da persistência
Vagarosamente crescente e sem ânsia
Contrariando o egoísmo da ausência
Amar é puramente dar as mãos
Seguir um caminho esfuziante
Acariciar os cabelos em fuga
Levantar dos tombos em dois
Unindo-se no enlevo da emoção
Dos corpos deslumbrados em paixão
Amar é o verbo contínuo complicado pela razão humana
Quando presos ficamos nos compartimentos da nossa alma
Desejando a libertação da simplicidade
Em busca da quase extinta verdade!
Patrícia Pinna
Redescobrindo a Alma