Minha saudade de ti é sempre insegura, obscura
Palavras de dor e desalinho percorrem minha mente
Vagueiam esperando um carinho teu puramente
Meus olhos não repousam na certeza do amor, amargura
Sofro com a salinidade percorrente em meu rosto
Rios em nada de água doce, prostração de alma
Querendo a calma de um amor seguro, íntimo desejo
Mas vejo que o meu engano é maior do que o meu querer
Consome em mim tal pesar dos questionamentos
Sortimento de ais, tantos lamentos irracionais
Oh, Lua, protetora do amor, esteja ao meu dispor
Clareie os meus pensamentos dando-me alento
Entrego o meu ser para a consumação do ato
Mais sincero existente em mim, consagração do amor
Que cobre minhas vergonhas, exterioriza o meu melhor
A fim de que o pior seja levado como a poeira pelo vento
Quem sabe assim, minha saudade passe a ser uma flor
Que em botão vai abrindo-se e trazendo paz, tão vivaz
Com a candura de toda a beleza de estar em seus braços
Intensamente harmônica com a poesia dos seus beijos!
Patrícia Pinna
Redescobrindo a Alma