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Noturno

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Nos soturnos labirintos deste solano sentimento, encontro 

refúgio na luminosa frieza de teu urbano olhar atento, 

astuto, 

fortuito, que magicamente aborta-me da ortodoxia deste 

claustro onde, aflito, conduzo em minhas mãos, ataúdes de 

dor e solidão, como um bom presságio das benzedeiras 

que, 

nos murmúrios de suas orações, retiram todo o quebranto e 

a inquietação desta profusa e amarga saudade, presente na 

                       imensa planície de meu coração.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        J. R. Messias 



Imagem: web.

POEMA SEM RIMA - por Hélder Gonçalves

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Desenho de Ronilda David


Quero fazer um poema sem rima,

assim com um quadro de Picasso.

Palavras soltas,sem sentido, inócuas,

sem chama, complicadas, baralhadas.

Deixo-as no papel à espera  que alguém

as descodifique, traduza, lhes dê alma

Quem sabe ?

Se o que acabo de escrever tem valor-

se podemos tirar daqui sentimentos,

estados de alma, argumentos,

sabe-se lá !

Mas cheguei a uma conclusão – o difícil

é não escrever palavras certinhas, bonitinhas

Mais complicado sim, são as palavras soltas,

sem sentido: inócuas, sem chama, complicadas

baralhadas.

É tão dificil que não consigo fazer o tal poema


sem rimas!





Amar Em Várias Definições by Patrícia Pinna

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Amar é o sorriso na tristeza
Quando nos dispomos a recomeçar
A fé no que não vemos, a candura no olhar
No calor, no frio, no sol, na chuva
Nas tempestades devastadoras

Amar é o despir-se da arrogância
Do querer fazer mal por despeito
Mais tarde chorando em seu próprio leito
Vivenciando harmonia às avessas

Amar é a elevação do espírito
Galgando degraus da persistência
Vagarosamente crescente e sem ânsia
Contrariando o egoísmo da ausência

Amar é puramente dar as mãos
Seguir um caminho esfuziante
Acariciar os cabelos em fuga
Levantar dos tombos em dois
Unindo-se no enlevo da emoção
Dos corpos deslumbrados em paixão

Amar é o verbo contínuo complicado pela razão humana
Quando presos ficamos nos compartimentos da nossa alma
Desejando a libertação da simplicidade
Em busca da quase extinta verdade!

                                                                    Patrícia Pinna
                                                           Redescobrindo a Alma


O choro que rasga a alma

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Imagem da web

Em choro estou me rasgando
Desfazendo-me dia após dia
Em linhas vou estilhaçando
Cortando tudo em melodia

Neste emaranhado emotivo
Eu te chamo a todo instante
Enquanto no abismo eu vivo
Numa turbulência constante

Destas palavras aqui reunidas
No cabeçalho de sentimentos
Das promessas descumpridas
Que provocaram sofrimentos

Dos muitos casos insatisfeitos
Atirados neste mundo afora
Despeço-me dos maus feitos
Que me torturaram até agora

Agregando valores imensos
A uma raiz justa e descente
Que causam risos intensos
Clareando toda minha mente

Que pede desesperadamente
Por mais paz e compreensões
Pois, necessita urgentemente
De mais amor em suas ações

ALFAMA - O Bairro onde nasci Por Hélder Gonçalves

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Alfama – o bairro onde Nasci
   Da janela de guilhotina, do meu quarto

Escancarado ao sol  - festival de luz!

Alcandorado em assimétricos telhados,

Onde  gatos,  estatelados, dormiam -

Eu via o Tejo, a espreguiçar-se até à foz.

Faluas tantas! - a cruzarem, carregadas,

A todo o pano, sulcando o rio, azáfama atroz!


Alfama – O bairro onde nasci


De gente pobre, de muito  trabalho –

Algum tempo, com minha mãe, ali vivi.

Bairro de marinheiros e estivadores.

Epopeia na Universal História –
Da era dos Descobridores!
Jogados  em caravelas -  trabalhos forçados

Heróis à força – da tristeza, nasceu o Fado.

Comandantes das naus -  os seus senhores!


  Alfama – O Bairro onde nasci


Tudo mudou no tempo, entretanto, envelheci.

Já não vejo os gatos, nos telhados, refastelados

Nem as faluas garbosas, sulcando o Tejo.

Nem os golfinhos emergem, com suas danças

A chita dos vestidos das raparigas deu lugar à ganga

Como a taberna esconsa, de corvos à porta

Voltou casa de fado -  agora, também, propaganda!



Alfama - O Bairro  onde nasci!




Superação by Patrícia Pinna

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Possível amanhã encoberto de temor
Desconhecido frio e imensa dor
Imaginados em cenas nebulosas
Infusão de aromas tóxicos

Inércia maldita, ilusória e irônica
Engana com cimento invisível
A quem não consegue sair do lugar
Gargalhando da sua agonizante condição

Quebrado será o cimento
Nem quando e nem como 
Os anjos permitirão saber

Livre serão os seus pés,
Ainda que dormentes,
Conseguirão caminhar

Pegarás a cartilha de cores vivas
Desenharás e pintarás pensamentos de fé
Um degrau verde e branco formarás
Onde com um leve sorriso
Subirás sem dar ré!

                                                                                                            
                                                            Patrícia Pinna
                                                      Redescobrindo a Alma
                           
                                                              
                                                                

A Despedida Da Amiga e Poeta, Cássia Torres by Patrícia Pinna

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A nossa amiga e poeta, Cássia Torres, está desligando-se como participante deste blog por projetos pessoais que, requerem dela muito tempo, e, não consegue dar a devida atenção que o mesmo merece, isto, segundo suas palavras.
Todos nós fomos agraciados com suas belas participações, seus poemas e sonetos que sempre continham uma mensagem interessante, bonita e muitas vezes reflexivas.
Ela continuará sendo a nossa amiga e nós, seus amigos.
A vida, seus caminhos, muitas vezes nos afastam teoricamente de alguém ou algo, mas isto não significa que esquecemos das pessoas ou do que nos faz feliz, e quem é verdadeiramente amigo, compreende e respeita o caminhar pessoal de cada um.
Portanto, desejamos para a nossa amiga muita sorte na vida, na poesia e em seus projetos.
Seja sempre bem-vinda ao blog "O Refúgio Das Origens", este espaço acolhedor e amigo sempre terá o prazer de receber suas visitas.
Tudo de bom é o que deseja a família R.O com nosso agradecimento especial!
Receba todo o nosso carinho e amizade.
Fique na paz de Deus.
Leve o nosso beijo fraterno!


                                 

                                                       Patrícia Pinna



Esperando por Ti - por Hélder Gonçalves

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Foto de Hélder Gonçalves


Olho para além  da janela,

A chuva cai, sem doer:

Gritos  em silencio.

Perto de mim, minha cadela

Será que ela entende,meu sofrer?

Porque será que assim penso?


Em solidão, míngua do teu afeto,

Procuro-te em sobressalto,

Na página vazia do meu ser,

Escrita, está, em fino dialeto

Nossa história de amor, tão alto,

 Que queríamos e não podemos ter


Olho para além da janela

Já não vejo a chuva  cair.

Mas, teu vulto, junto da flor,

Que plantaste -  bem perto dela,

Agora, teimosa, continua a florir,


Testemunho vivo do teu amor

Dez 2013



Doença e Cura by Patrícia Pinna

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Numa covardia indecente
A doença invadiu a mente
Contaminou o coração
Debilitou o corpo

Instalou-se de repente
Vitimando seus portadores
Na vigente ignorância
Não percebendo a lentidão
Consumindo tantos ideais
Acabando com qualquer paz

Os medos vêm fatalmente
Sem entendermos as suas razões
Nefastas reações inconscientes
Resultantes do mal que assola
Brevemente consumindo todas as horas

A cura para a doença
É uma questão em aberto
Talvez os doentes tornem-se conscientes
Conseguindo enxergar a necessidade
De tomarem o remédio
Na esperança de sararem
Encarando de frente as fraquezas
Crendo um dia serem suas luzes acesas!

                                                                      Patrícia Pinna
                                                           Redescobrindo a Alma




                        

ALFAMA - Fados, Sonhos & Saudade Autor Hélder Gonçalves

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Parte de um trecho do livro Alfama


Henrique fora abordado, em determinado momento, por um colega de trabalho que ele bem conhecia e simpatizava pela sua sobriedade – O Augusto. Era um homem muito reservado, de poucas palavras. Um dia, quando estavam nos balneários, perguntou-lhe se ele estava disponível, nessa noite para dar um salto até à “Voz do Operário”- precisava de falar com ele.
-Quero falar contigo, de forma a não termos qualquer pessoa, por perto, a dar fé daquilo que vou-te dizer.

-Henrique ficou numa atitude expectante

-Há algum problema com a oficina retorquiu por fim, Henrique, pensativo.

-Não, - está descansado que é um assunto fora da área direta de trabalho – não fiques preocupado, pois asseguro-te que não é caso para tal. – Logo verás!

Depois despediu-se dizendo-lhe, em confirmação – Então, até logo às nove horas.

Henrique, a caminho de casa transportando a sua lancheira de fole, onde levava o almoço, fato de macaco, e o tal boné deformado, ia cogitando sobre o que Augusto “sisudo” (era a alcunha) - lhe queria dizer. Estava morto de curiosidade, mas, também, de alguma ansiedade.

Logo, depois da rotina, que seguia, quando chegava a casa, sentou-se no banco da cozinha observando a mãe aprontando o jantar, até lhe perguntar:

-Que está fazendo para o jantar minha mãe?

-Olha, filho, uma sopa de feijão encarnado. Como conduto, fritei besugos e fiz arroz de tomate e pimento.

-Oh mãe digo-te que estou cheio de fome.


-Vai ao armário, corta rodelas de chouriço, mete numa bucha, e come com azeitonas. -Sempre dá para te entreteres até o jantar estar pronto. Esperamos pela tua irmã que não tarda – os velhotes já comeram e já se enfiaram no quarto. Os teus avós, já sabes como são – café, pão, peixe frito, vinho e azeitonas, mais vinho do que pão e, lá vão, um e outro praguejando por isto e por aquilo, para o quarto, – cada vez estão mais velhotes. - O teu avô está mais corcunda pela constante posição de estar sentado e curvado sobre os cestos. É a vida meu filho! - Temos de ter paciência, terminou, resignada, abanando a cabeça.





Resgate by Patrícia Pinna

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Apodreceram as raízes num solo inquietante
Renovaram-se verdades imbuídas de amor
Num espírito livre, em si, quase um predador
Ferino, audaz, sensível,capaz e revigorante

Resgaste de alma, película protetora
Firmadora de um novo pensamento
Coesão flutuante, merecendo o bis da felicidade
Trazendo o brilho da aurora na existência

Credulidade na infinidade atemporal, paciente
Subserviente ao comando sutil da inteligência
Sabendo que o caminhar é uma ação indefinida, intuitiva
E, por vezes, solitária, quase uma muralha

Nesse resgate descobriu a vida e sua relevância
Fez-se leve e forte, permitiu-se sonhar, emoldurar sentimentos
Advertiu a si mesmo das contradições, contudo
Cingiu a pele de naturalidade e seguiu adiante!



                                                                    Patrícia Pinna
                                                           Redescobrindo a Alma


Esperando-te Fico para trás Para Que tenhas o Futuro

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Quando meu coração cansado de esperar que volte teu riso
para meus olhos verem novamente as estrelas.
Sussurro ao Pai
Silêncios que imploram
Palavras que choram
Um grito em milhões de ecos
Que salve-nos!
Não importo-me de ficar para trás
Não temo a perdição das terras do invisível
Mas por Ti,meu amor...
Clamo,peço,imploro
Que Ele traga-te de volta a vida
Que resgate tuas asas
E devolva-te todos os teus céus
Por Ti meu amor...
Imploro caída,afogada na dor
Por que sei que aqui ainda é o teu lugar
e não chegou tua hora de partir.
Tens tanto que rir,brincar,amar
Tens tanto que de  fantástico criar
Tens a diferença para fazer
Tens tanto ainda que amar
Descobertas e conquistas
das pequeninas coisas...
Quando minha alma parece desistir
de  esperar o som da tua inocência
retorne para que meus lábios ,saibam
novamente dizer que a vida vale a pena.
Então...então meu amor
Minha menina
Suplico ao Pai
Que Salve-nos!
Mas se não puder...
Que fique eu para trás
e traga-te de volta
as terras da alegria e dos sonhos
que nascem em Ti e para Ti por direito
Porque aqui é o teu lar,tua realidade
Teus dias do presente e futuro
e tanto tens ainda que respirar
e na ponta dos dedos desenhar.
Peço ao Pai que Salve-te
dessas trevas ocultas de silêncios
opressores
Ladrões de minutos
Por isso meu amor
Fico para trás se necessário for
para que vivas como assim tem que ser
A vida simples e bela
Como direito tem um anjo
que passeia na terra
e esse anjo és Tu
meu amor,filha minha.


Ronilda David / Loubah Sofia - Alma Feita De Ti
Hoje 13.11.2014 dedicado a minha Raena
Fotografia:Raena por Hélder Gonçalves

 

Rascunho by Patrícia Pinna

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Na amplitude universal
Encontramos rascunhos
Perambulantes na vertical
Entre cálidas paredes
Entre céus expostos ao luar

Não somos a formatação cruel
Encontrada avessa aos sentimentos
Somos a reprodução das nossas ideias
Felizes, amenas, viventes entre algumas mazelas

Não há fundamentada recriminação
Sobre a perambulação de nós mesmos
Num permanente estado de compreensão
Onde a busca pelo perfeito traço é árdua
Refazendo-se diversas vezes no espaço

Não somos um ponto final
Onde tudo dá-se por completo
Somos a incompletude do ser
Refazendo passos incompletos
Metamorfose sempre bem-vinda
Gerando a sabedoria em autoconhecimento!


                                                                    Patrícia Pinna
                                                              Redescobrindo a Alma


A Flor by Patrícia Pinna

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Meu amado, a flor linda que desabrochou
Exalou o perfume suave junto a aurora
Descobriu toda a beleza adormecida
E, finalmente, pode sorrir para a vida

Nem mesmo sem ser muito regada
Perdia o viço que a adornava
Fagulhas de felicidade pelos poros
Caule forte, envergava, mas não quebrava

Amado meu, quando a sua raiz apodreceu
Seu aroma transformou-se em odor
E a solidão veio ao encontro da tempestuosa flor?

A jardineira não pode salvar
A delicada e rara espécie
Por mais que zelasse pelo seu amor
Frágil, ela sucumbiu aos venenos que a sufocavam
E a morte era o caminho para o qual a destinava!

                                                        Patrícia Pinna
                                                 Redescobrindo a Alma

                                                                                                 

No Dia do Anúncio da Morte do Poeta

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No dia do anúncio da morte do poeta da paz -

Zarzuelas, nos esconços  becos - país das trevas.

Folguedos havia - hediondas, esquálidas figuras

Carrancas em físicos nodosos, dignas de cartaz.

Bocarras torcidas, esculpidas, toscas como pedras,

Dançavam, na morte do poeta - Póstumas agruras!


Rodopiando em vertigens, com feios esgares.

Enquanto o poeta, jazia, em marmóreo pedestal,

Pendurado, crucificado, nas suas plúmbeas asas.

Em seus pés, todos os sonhos, de tantos azares

Abutres se soltam - aguardando banquete final:

Festim maquiavélico em redor de rubras brasas


Representação bem ao jeito das forças das trevas

Do obscurantismo e das menores coisas da vida,                         

na voraz mesquinhez e dos humanos interesses

Aplaudindo e glorificando o mal, sem reservas

Atropelando, espezinhando e rindo, logo à partida

Do Poeta, suas mensagens de amor, quantas vezes?                                                 

               

Mas parai, gente danada, dos confins do inferno:         

Eis que surge nuvem branca, envolvente, dominadora.  

Travando tal concerto, dos ratos tinhosos da hipocrisia-

Senhores das gélidas verdades - vento frio do inverno

Sem o sonho do poeta do Amor e mensagem consoladora:     

Tudo, quanto de bem, ele, almejava conseguir algum dia.                       


               

Então, num golpe de magia, o poeta tombado, se vira

Num esbelto e fogoso cavalo alado de alvar brancura –

Erguendo-se, com a força do vento, num rompante

No seu escudo - a cruz da cultura e, também, uma lira.

Arma, como símbolo, junto ao peito, ele bem segura:

Bandeira com palavra POESIA - Pose altiva e dominante!





Feliz Aniversário, Hélder Gonçalves. by Patrícia Pinna

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Estamos aqui reunidos para desejar uma vida longa, com muita paz, saúde e amor para o nosso amigo e fundador do R.O, Hélder Gonçalves.
O nascimento é um acontecimento missionário e cada qual tem uma missão aqui na Terra.
Certamente, a do nosso querido amigo, foi a de transmitir conforto para todos com o dom que Deus deu a ele que foi o de escrever.
Incansável, dedica a sua vida a esta arte, não enterrou o seu talento, multiplicou, e disso Deus se agrada.
Somos todos gratos por estarmos hoje aqui, mesmo com as adversidades da vida e a falta de tempo.
Não esquecemos a quem amamos e por essa razão, desejamos tudo de maravilhoso para você, Hélder e que logo possa voltar ao nosso convívio.
Que a felicidade seja sempre a sua companheira mesmo nas horas difíceis e que o seu espírito não se abale a ponto de fraquejar, mas que mantenha em seu peito a esperança.
Aproveite cada segundo de vida que Deus te dá sendo grato sempre por esta dádiva que é viver.
Seja abençoado pelos Anjos do Senhor!
Tudo de bom é o que queremos para você e juntamente aos seus te damos um forte abraço, receba-o!
Beijos na alma e obrigada por sua amizade!
A família R.O está em festa, amigo!



                                             Feliz Aniversário!
                                                 FELICIDADES!!!!!

                                       Patrícia Pinna

Amor, não só no Natal by Patrícia Pinna

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O Natal, sem dúvida, é uma data que encanta o coração da maioria das pessoas, que faz renascer sentimentos bons outrora esquecidos.

Para alguns, é uma questão de obrigação ser feliz nessa data, o que é bom, mas o aniversariante que é Jesus, requer atenção todos os dias do ano, e na maioria das vezes, nos esquecemos dEle ou só lembramos quando estamos necessitados de ajuda.
Não que comemorar seja ruim, ao contrário, o que me incomoda é a hipocrisia de pessoas que diariamente não são do bem, não abrigam sentimentos bons e fazem desta data uma verdadeira remissão de seus erros.
Quando a magia do Natal esvai-se, tudo volta ao normal, a vida segue o seu curso, a embriaguez dos que gostam de farras passa e os que se odeiam e fingiram se amar nesta data, voltam a não se falar!
Realmente não consigo entender isto!
Por essa razão, ter Jesus em nossos corações nos 365 dias do ano é o maior presente que a Ele podemos dar, independente de festas que aumentam o faturamento do comércio e fazem a sociabilidade acontecer.
Todos nós temos erros, eu os tenho demais, apenas não compactuo com hipocrisia de qualquer espécie.
Que a nossa comemoração seja sincera, que o nome do aniversariante seja pronunciado, coisa que pouco vejo, que o amor seja celebrado e que a paz reine verdadeiramente!
Tudo passa, isso é um fato, no entanto, o que somos somente passará se quisermos.
Não é questão de julgamento, apenas a realidade que vejo, infelizmente.
Jesus, desse tipo de comemoração, Ele não se agrada.
Sejamos mais espirituais a cada dia, temos muito a aprender, mas que jamais vistamos a camisa da fé sem a honrarmos.
As pessoas devem ser unidas no dia a dia, sem as farpas que acontecem e sequer lembramos que Jesus está vendo, afinal, Ele não aniversaria hoje, esquecer faz parte da nossa humanidade sem tolerância, que em muitas situações me incluo.
O que quero para mim e todas as pessoas, é que a hipocrisia seja algo do qual venhamos a nos envergonhar e assumir quem realmente somos.
Se não gostamos de alguém para que felicitá-lo?
É verdade que Jesus mandou amar ao próximo, orar pelos que nos perseguem, mas ainda não estamos em um patamar tão alto nível quanto este!
Primeiro teremos de ter um coração limpo e isto é o mais difícil de se conseguir.
Espero que a nossa alma seja iluminada pela luz de Deus, pela fé, pelo renovo, mas decididamente jamais pela hipocrisia.
Se não conseguimos mudar, que nos calemos antes de proferirmos palavras mentirosas para parecermos cordiais.
Jesus está vendo!
Que a nossa oração seja a de mudança real de nossos sentimentos, a de exercitar o perdão um dia, o que seja realmente sincero e não o aparente.
Posso parecer radical para uns, mas confesso que não, apenas vejo que amor tem de ser diário, e que certas celebrações, em nome do aniversariante, não passam de festejos vazios para muitos.
Aos que irão celebrar o Natal com fé no coração e sem hipocrisia fazendo disso um ato diário, desejo tudo de excelente, aos que não forem agir assim, peço a Deus muita misericórdia divina por ainda não compreenderem o significado de tão importante data.
Que Jesus em Sua misericórdia infinita perdoe os nossos erros  e habite em nossa casa, sempre!

                                                   Patrícia Pinna



Estado de Êxtase by Patrícia Pinna

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Sentada olhando a Natureza formosa
Passeando pelo meus olhos quase cerrados
Por uma embriaguez de quem tem de seguir a vida
Entre a felicidade efêmera e a tristeza oculta

Dias de aprendizado com a mansidão do silêncio
Entre as folhas escondidas verdes e grandiosas
Guardando os meus segredos e expectativas mais gloriosas

Onde a cascata imaginária transforma-se em  amor
Nas pequenas esferas de um corpo que não vaga mais
Sentindo a presença marcante de um aroma deslumbrante
Nas faces rosadas e cálidas receptoras do desejo

Então, não indago mais, tampouco questiono o destino
Que em seu próprio desatino oferece banquetes plurais
Farto-me da essência que cada um deles proporciona

Desnuda em olhos de amor, um pouco de dor
Como sobremesa vislumbrando o Universo ao meu redor
Senhor de inestimável graciosidade e dono de verdade
Nem um pouco absoluta!

                                                  
                                                                                 Patrícia Pinna

                                                                                 

OUTONO por Hélder Gonçalves

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               Folhas soltas, cor de cobre,

no chão varridas pelo vento:

retalhos de esperanças caídas,

galhos de ilusões em tormento,

premonições em mim sentidas

Outono -  em tudo sou pobre!


No teu corpo me aconchego.

Em teu abraço me conforto.

Do teu  consolo vou vivendo.

Recordações? - o meu sossego;

no teu peito, em bom porto:

saudades de mim vou tendo!






Nov.2012

A Contabilidade da Vida por Hélder Gonçalves

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Naquelas longas noites escuras de silêncios, só eu !

Nos balanços da escrita da  vida, do Deve e Haver

Da minha contabilidade registada, saldo esperado

Não apresentado  - o fecho ainda não aconteceu!

esperança  dos objectivos do que ainda poderei ter

coisas incertas e, também, do saldo do passado.


Nesta escrita organizada,  no livro  da nossa vida,

todas as contas serão arrumadas no Deve e Haver.

Também, documentos arquivados, em pasta própria,

aguardam o provedor -  um dia chegará de sortida:

pedirá contas se, porventura, alguém esteja a dever:

pelos maus atos praticados, injustiças na sua história


Desse balanço do Deve e Haver – no final das contas,

todos serão informados, na hora certa, do saldo final.

Confrontados com a gestão que, pelo tempo fizeram,

das suas vidas -  responderão pelo mal e as afrontas.

Recompensados serão se, o saldo , for de bom sinal,

ao contrário tudo pagarão pelo mal que tanto fizeram!


Destas certezas  que, um dia, farão parte da nossa vida,

em que o saldo encontrado na escrita do Deve e Haver

Dos arrependimentos tardios, farão a nossa consciência,

ou da paz tranquila de todos os justos, na sua partida,

 na apresentação do saldo  que,  um dia, irá acontecer,

 julgamento de um tribunal, sem pena nem indulgencia!





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